Desde 1918 a produzir os melhores sabonetes e perfumes
O início
Foi em 1918 que Achilles de Brito e o irmão Affonso de Brito criaram, na cidade do Porto, a sua empresa de sabonetes e outros artigos de perfumaria, a Ach. Brito.
O percurso da família Brito no mundo das fragrâncias começou vários anos antes, com a colaboração de Achilles de Brito na Claus & Schweder, inicialmente enquanto contabilista e anos mais tarde, em 1908, como sócio da empresa (a Claus & Schweder foi primeira fábrica portuguesa de sabonetes e perfumes, fundada também no Porto).
Devido à 1a Guerra Mundial e à nacionalidade alemã dos fundadores, Achilles de Brito viu-se envolvido no processo de nacionalização da Claus & Schweder, que acabaria por ser vendida. Em 1917 Achilles de Brito saiu definitivamente da empresa e foi então que, em 1918, os irmãos Brito decidiram fundar a Ach. Brito.
O percurso
Com conhecimentos sólidos adquiridos durante a passagem pela Claus & Schweder e com uma visão empreendedora, Achilles de Brito iniciou o percurso da Ach. Brito com passos firmes e em 1925 adquiriu a Claus & Schweder, dando assim continuidade à atual marca de luxo da Ach. Brito, a Claus Porto.
Nos primeiros anos da empresa lançaram-se vários produtos de sucesso, alguns dos quais continuam em comercialização até aos dias de hoje, como a marca Luxo-Banho registada em 1927, as marcas Patti e Lavanda ambas registadas em 1929, a marca Triple Alfazema registada em 1932, a marca Musgo registada em 1939, entre várias outras.
Inovadora desde o início, a Ach. Brito desde cedo se destacou pela qualidade das suas fórmulas e pela beleza e detalhe visual das suas embalagens. Os rótulos eram originalmente pintados à mão, o que lhes conferia um carácter ainda mais especial, distinguindo-os de forma clara no mundo da perfumaria.
O slogan utilizado nesse período, «Não se fabrica melhor nem tam Bom!», demonstra o sucesso da empresa que, com o passar dos anos, foi ganhando notoriedade e colecionando prémios nacionais e internacionais. Esse reconhecimento levou a empresa a criar a sua própria litografia em 1953, passando não só a produzir as embalagens para as suas marcas mas também rótulos para outras empresas conhecidas como a Tabaqueira, a Sandman, a Real Companhia Velha, a Porto Calem, entre várias outras.
Com a criação da litografia, o processo produtivo é inteiramente realizado nas instalações da Ach. Brito: desde o fabrico, à rotulagem, ao acondicionamento dos produtos.
A reestruturação
Com o surgimento da distribuição moderna nos anos 80, deu-se um estrangulamento do mercado da Ach. Brito e a empresa atravessou um momento particularmente difícil. Em 1994 os bisnetos de Achilles de Brito, os irmãos Aquiles e Sónia Brito, decidem adquirir a totalidade da sociedade e iniciam uma reestruturação profunda no sentido de acompanhar as exigências do mercado. A estratégia foi redefinida, o portefólio de produtos reorganizado e as marcas reposicionadas.
Com a nova estratégia, a marca Ach. Brito passa a ser destinada especialmente ao mercado doméstico, agregando várias marcas, como a Lavanda, Patti, Luxo-Banho, entre outras. Para se destacar da concorrência e das grandes multinacionais, a empresa preserva o processo produtivo de acordo com os métodos tradicionais, dá continuidade ao desenvolvimento de fórmulas de qualidade criadas a partir das melhores matérias primas e mantém o cuidado e o rigor com a estética das embalagens. Dá-se uma aposta na qualidade em detrimento da quantidade.
Desde então, a Ach. Brito foi recuperando o prestígio e o vigor de outros tempos e conquistando o seu espaço não só no mercado nacional mas também além fronteiras.